Doenças da Tireoide – Entenda as Causas e o Tratamento

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A tireoide é uma glândula que, apesar de ser relativamente pequena, tem grande importância para o adequado funcionamento do organismo. Produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam no controle do metabolismo, no gasto energético e no funcionamento de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins.

Quando esta glândula não está funcionando adequadamente...

…pode produzir uma quantidade insuficiente de hormônios (hipotireoidismo) ou liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo). O diagnóstico das disfunções tireoidianas é feito com um simples exame de sangue, que dosa os níveis de TSH (hormônio estimulante da tireoide). Nos casos de aumento no volume da glândula, que é conhecido como bócio, pode ser detectado através do exame físico ou através da ultrassonografia de tireoide.

O que é o o hipotireoidismo?

O hipotireoidismo é uma disfunção na tireoide, que se caracteriza pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos – o chamado hipotireoidismo congênito. Depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue estão entre os sintomas do hipotireoidismo. Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma disfunção autoimune, denominada Tireoidite de Hashimoto. Por consequência, o organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, diminuindo sua capacidade de produção dos hormônios. Outras causas de hipotireoidismo são a retirada cirúrgica da tireoide ou após tratamento com iodo radioativo. O tratamento é feito através da reposição do hormônio tireoidiano (levotiroxina) e a manutenção de níveis que sejam ideais para a pessoa, sendo que o ajuste de dose deve ser sempre realizado de maneira individualizada.

O que é o o hipertireoidismo?

Já o hipertireoidismo se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Pessoas com hipertireoidismo podem sofrer perda de apetite, intolerância a temperaturas quentes, intestino solto, fraqueza nos músculos, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos, entre outros problemas. A causa mais comum de hipertireoidismo é a Doença de Graves, que ocorre quando o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireoide. O tratamento do hipertireoidismo deve ser acompanhado por um endocrinologista e a dosagem hormonal precisa ser checada periodicamente, sendo que existem diversas possibilidades de tratamento, com medicamentos específicos, iodo radioativo ou até cirurgia, em casos selecionados.

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças da tireóide?

Os fatores de risco principais para o desenvolvimento de doenças autoimunes da tireoide (como tireoidite de Hashimoto e doença de Graves) são: predisposição genética, fatores ambientais (como o bisfenol A, tabagismo, deficiência de selênio, uso de alguns tipos de medicamentos, infecções, abuso de bebida alcoólica, iodo…) e fatores endógenos (sexo feminino, gestação, menopausa, idade, fatores emocionais, outras doenças autoimunes).

Já o nódulo de tireoide é uma massa de tecido tireoidiano que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide. Nódulos são muito comuns. As chances de desenvolver nódulos aumentam à medida que a pessoa envelhece. Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande pode, às vezes, causar dor, rouquidão ou atrapalhar a engolir ou respirar. A maior preocupação com um nódulo de tireoide é porque eles podem ser cancerígenos. O câncer de tireoide é encontrado em cerca de 5% dos nódulos. Por isso é importante a investigação desses nódulos e a sua adequada análise com o endocrinologista para ver a necessidade de se realizar ou não a sua punção e também fazer a decisão da melhor forma de monitoramento.

Texto escrito e revisado por:

Dra. Jacy Maria Alves

Endocrinologia | CRM 27085 | RQE 17834 e RQE 17665

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