
Por que a obesidade ainda é tão negligenciada?
O texto critica a decisão da Conitec de não incorporar semaglutida e liraglutida ao SUS, por considerá-la um retrocesso no enfrentamento da obesidade — uma doença crônica de alta carga que afeta milhões — e um agravante das desigualdades no acesso à saúde. Defende que a obesidade exige cuidado contínuo, sem estigma, com acesso equitativo a um arsenal terapêutico que inclua agonistas de GLP‑1, integrados à Medicina do Estilo de Vida e ao acompanhamento multiprofissional. Argumenta que as evidências apontam para eficácia clínica relevante e benefícios cardiometabólicos, com segurança sob critérios definidos, além de potencial custo-efetividade no longo prazo. Destaca ainda os ganhos sociais e econômicos de um controle efetivo da doença — menos complicações, melhor qualidade de vida e maior produtividade — e conclama uma revisão urgente das medidas, alinhada à justiça social, sustentabilidade do sistema e dignidade no cuidado.