Diabetes mellitus

Diabetes mellitus

O que é Diabetes mellitus

O Diabetes mellitus não é uma única doença e sim um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia, resultante de defeito na ação e/ou secreção de insulina, hormônio que é produzido pelo pâncreas. Todas as células do nosso corpo precisam de açúcar para funcionar normalmente, uma vez que o açúcar é fonte de energia. A glicose, que é o açúcar proveniente da alimentação, entra nas células pela ação da insulina. Se não houver insulina suficiente ou se houver um defeito que impede a insulina de agir normalmente a glicose se acumula no sangue.

Quais são as causas de Diabetes mellitus?

O diabetes mellitus tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina, na maioria dos casos. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias, inclusive em idosos. Já no diabetes mellitus tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas acima de 40 anos, acima do peso, sedentárias, geralmente com maus hábitos de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.

Além desses tipos descritos acima há ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Menos conhecido, o diabetes tipo LADA atinge cerca de 2% da população e ocorre geralmente em adultos. Esse tipo de diabetes se caracteriza por uma agressão ao sistema imunológico que destrói as células células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina em nosso corpo. Esse processo ocorre de maneira bem mais lenta que no diabetes tipo 1, o que permite controlar a glicemia com medicamentos orais por mais tempo.

Em comum com o diabetes tipo 2, o tratamento do LADA também tem início com medicamentos orais, mas a necessidade de passar para insulina pode ocorrer mais rapidamente do que no tipo 2. Existe também o diabetes tipo MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young), que é um tipo de diabetes com padrão de herança autossômica dominante e alta prevalência entre os tipos de diabetes monogênicos e não se trata de uma doença autoimune, tão pouco de uma doença influenciada pelo ambiente ou hábitos de vida. É muito importante identificar o subtipo de MODY porque isso permite direcionar o tratamento, efetuar um aconselhamento familiar e delinear um prognóstico. No diabetes MODY, a produção ou a eficiência da insulina no corpo é prejudicada em função de mutações genéticas, que são transmitidas de pais para os filhos. Se apenas um dos pais possuir essa mutação, há 50% de chances de o filho apresentar essa mutação ao nascer e 95% de desenvolver diabetes. As pessoas que desenvolvem o diabetes tipo MODY apresentam normalmente o seguinte perfil: foram diagnosticados com menos de 25 anos de idade, um dos pais tem diabetes, há casos de diabetes na família há pelo menos duas gerações e não precisam necessariamente fazer uso de insulina. O sintoma mais característico é a hiperglicemia. Para confirmar o diagnóstico, é necessário fazer exames específicos, a pedido do médico.

Existe também o diabetes gestacional, uma condição que aparece durante a gestação. Outros tipos mais raros são: diabetes induzido por medicamentos (como glicocorticoides) ou substâncias químicas, endocrinopatias, transtornos no receptor de insulina, algumas síndromes genéticas.

Como tratar o Diabetes mellitus?

Tanto insulina, quanto os antidiabéticos orais podem ser usados para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes mellitus tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes mellitus tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio. Além disso, existem hoje algumas medicações que, além de controlarem a glicemia, podem auxiliar na perda de peso, diminuição de risco cardiovascular, efeito de proteção renal e diminuição da progressão da doença renal crônica, diminuição da esteatose hepática, dentre outros benefícios.

A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher algum exercício físico e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física.

Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.

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